Calmaria
Quando era criança, nunca entendi bem porque algumas pessoas achavam bobo quando estávamos parados olhando por um tempo algo na natureza, ou no horizonte. Depois pensei que pudesse ser pela singeleza do fato de estarmos parados olhando/ admirando algo, como uma planta, um pássaro, uma borboleta... O bobo no sentindo de algo inocente, sem tanto compromisso na agenda, ainda mais em um mundo cheio de rotinas. Isso era algo que gostava bastante de fazer e ainda gosto, ficar contemplando a simplicidade e a grandiosidade da natureza, da vida. Ou simplesmente ficar parada pensando, aquele aparente “fazer nada externo” repleto de muitos acontecimentos internos. Depois de adulta li a Crônica “Das vantagens de ser bobo” - da renomada Clarice Lispector, e a entendo. Com carinho, Carol.