O que você faz e quem é você?
Quando o questionamento do que você faz passou a ser mais frequente do que o questionamento de quem você é? O fazer não é apenas uma parte da nossa rotina, ou da nossa personalidade? Por que querer entender o ser pelo fazer? E se a pessoa não teve oportunidade de fazer o que ama, ou de escolher? Será que ela não seria menos compreendida? É como ver o livro somente pela capa, e a capa não revelar a sua natureza.
Uma simples resposta do que se faz como atividade, poderia substituir a busca do interesse em conhecer a profundidade do ser? Pautar as ações sem buscar conhecer as inspirações e as intenções, é como olhar a sombra sem olhar o dono da sombra. Somos pessoas, isso vai além dos nossos fazeres, dizeres, saberes e experiências. É todo um complexo conjunto que pulsa e vibra em cada energia sentida ou colocada em ação.
Para saber quem sou preciso me ater a mais sinais do que identificar o que faço como atividade ou profissão. Do mesmo modo parar conhecer o outro, e também para que o outro me conheça. A convivência talvez seja a melhor forma para conhecermos alguém com profundidade, mas é necessário paciência, respeito e consideração. Por isso, não se intimide ou se limite ao tentar descrever o que faz, como se fosse a urgência máxima de alguém para te conhecer. É preciso uma boa dose de paciência e empatia para conhecer melhor alguém. E lembrar que nem sempre o outro nos percebe como somos, mas como ele pensa e nos entende. A questão não está em responder o que fazemos ou quem somos, mas em aprender a vivermos a nossa essência.
Com carinho, Carol.
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